Devaneios de um amor (im)possível - O cuidado religioso
Algo já me dizia que deveria ter me afastado seguir meu destino, meu rumo sem ficar com outra pessoa, em meus pensamentos estava claro que o meu envolvimento com a menina do vestido vermelho era errado, sempre fui muito racional, porém depois daquele dia... daquele olhar, sorriso acanhado, a emoção rebelou-se e tomou conta da minha racionalidade sobre o amor.
Ela de família cristã praticante, de ir aos cultos seguir os textos religiosos ao "pé da letra", jovem com seus 18 anos ao contrário do seus pais socializou-se com um cético, parou para conversar, dar atenção. Categoricamente eu digo, eramos de mundos diferentes, porém isso não foi de maneira alguma um empencilho para construir um sentimento por ela e ela por mim.
Após a menina do vestido vermelho comentar que não tinha whatsapp, nem celular próprio, fui para casa pensando em suas palavras, tais ditos que ecoaram em minha mente, de fato pude ver ao longo do relacionamento, que o controle sobre o seu corpo era intenso, filha mulher o pai como um crente controlava sua vida nos preceitos divino, ou que ele achava correto/divino, sua ética era baseado tão somente em sua concepção do mundo e visão deturpada dos textos bíblicos. Ainda hoje me questiono o porquê me joguei de corpo e alma nesse amor.
Provavelmente esse desejo de usar minhas palavras, ideias, meu corpo para libertar, ser um canal de libertação, vi nessa jovem uma pessoa oprimida, me senti em certos ponto o herói que deveria salvar o povo de um tirano. Tal zelo me deixava atordoado, da minha alma era expelido para fora um sentimento de revolta, o sentimento de que eu deveria fazer algo. Tudo que eu sentia não mudava o fato de que ela era uma prisioneira do fundamentalismo (como tanto outros), como então nos aproximar? Como manter contato? Já que o sentimento parecia recíproco, a vontade de nos reconhecer no outro era intenso?
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