Uma Crônica do cotidiano.

A barata voadora.
Minhas viagens pela grande vitória sempre – a maioria das vezes – foram de ônibus. E cada coisa que presenciamos ou que acontecem e nos envolvemos. Certo dia estava vindo da faculdade e acompanhado de uma amiga que também cursava o mesmo curso que eu. Moramos sempre em Vila Velha, nessa época morava em São Torquato e ela um pouquinho mais longe.
Pegamos sempre os ônibus da mesma empresa, essa que há um tempo foram manchete de jornal por causa das terríveis baratas que gostam de viajar junto aos demais passageiros.
Nos transporte público gosto de ficar no fundo, há vários passageiros que preferem ficar na frente. É difícil de entender o porquê, o ônibus é grande porque ficar no colo do cobrador?
E um belo dia fomos nós para nosso destino, depois de uma aula cansativa puderas era somente fala do professor e leitura, cansa qualquer um. E fomos para o fundo, ficando ela de frente conversávamos vários assuntos...
Olhei rapidamente o seu lado esquerdo e lá estava à intrusa. Sim uma baratinha essa sem assa, pequenas que fazem deixar qualquer dona de casa arrepiada. E marmanjo puto quando toma um olé das mesmas.
Pensei eu, o que fazer? Deixar a barata no lugar e apostar que ela vá embora? Dizer para minha amiga e ela tomar um susto e sair pulando? Tentar bater nela e mesmo assim assustar minha amiga e ela sair pulando? Indicar a barata que esta perto dela e sair gritando junto com ela?
Meto um peteleco na danada, certeiro desses que damos na orelha alheia de algum amigo distraído. A barata voou, não precisou de assa, essa aprendeu a voar na marra. Foi tão rápido que minha amiga nem percebeu.
O papo tinha dado uma trégua, com isso fui procurar a barata voadora. Surpreendentemente a achei, já fazia CIA a um homem, pois estava bem quietinha no paletó do sujeito. E poderia vir em minha mente as questões:
Deixar a barata no lugar e apostar que ela vá embora? Dizer para o homem e ele tomar um susto e sair pulando, e com isso provavelmente constranger o camarada?
Nada disso, comecei a rir. Rir daqueles jeitos que você não consegue parar, ao contrário chora de tanto rir. Ri da situação que provoquei em ajudar minha amiga, ri porque o camarada nada perceberá que seu broche no paletô tinha patas antenas e se movia. Ela não entendera nada sobre o porquê de esta rindo tanto.
Quase no fim da viagem consegui explicar as risadas.
Estava certo em não apresentar esse pequeno inseto para minha amiga.

_ Eu tenho pavor de barata. Disse ela rindo da situação.

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